Servidores de Jundiaí aprovam contas de 2010, mas são impedidos de perguntar sobre investigação
sexta-feira, 15 de julho de 2011Cerca de cem servidores públicos da cidade de Jundiaí aprovaram nesta quinta-feira à noite, durante assembleia, as contas do sindicato da categoria (Sindserjun) referentes ao ano de 2010.
As contas do ano passado foram aprovadas no mesmo período em que o Ministério Público, por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região de Campinas, apura denúncias de irregularidades nas de 2006.
A votação desta quinta só foi tumultuada no fim, durante as perguntas sobre as despesas. A vereadora Marilena Negro (PT) questionou valores sobre pagamentos com imprensa e perguntou sobre gastos e receitas de anos anteriores para comparação.
“É importante ter transparência e na prestação de contas do sindicato não são disponibilizados todos os gastos”, reclamou. Marilena afirmou que foram gastos mais de R$ 40 mil com imprensa, em um ano, para a “informação não chegar a quem precisa”.
A presidente do sindicato, Eleni Fávaro, rebateu e afirmou que há transparência. “Todos os dados são registrados e o orçamento é compatível com a realidade.”
Investigação / Com relação as investigações do Ministério Público, antes mesmo da assembleia ser aberta, os presentes foram informados de que o único assunto a ser tratado na noite de ontem seriam os números de 2010 e que qualquer outra pergunta não seria respondida.
Por causa disso, ninguém questionou as denúncias que estão sendo apuradas pela Procuradoria Regional do Trabalho sobre possíveis diferença no caixa, a partir de fevereiro de 2006, data em que a atual diretoria assumiu.
Na ocasião, a diretoria teria assumido o sindicato com caixa de cerca de R$ 1,4 milhão. Já o sindicato aponta que, na verdade, havia R$ 1,1 milhão.
“Os nossos atos não são regidos por um ou dois diretores e sim por conselhos e por todos os representantes do Sindserjun”, afirmou Eleni.
Receita x Despesas
O sindicato apresentou que teve receita de R$ 882,3 mil em 2010, enquanto teve despesas de R$ 792,2 mil. No total, houve superávit de R$ 90 mil. Para o diretor tesouteiro do Sindserjun, Romeu Moreira Junior, isso se deve – em parte – à cobrança da taxa sindical dos funcionários públicos, que em setembro passou de R$ 5 mensais a 1% no salário.
“Todos os meses houve déficit nas contas. Nos meses de setembro e outubro foi cobrada essa nova taxa e nesse período houve maior receita que despesa”, explicou. Segundo ele, nos últimos anos essa tem sido a tendência das contas do Sindserjun.
Fonte: Rede Bom Dia
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