Saúde na região de Jundiaí precisa de leitos e mais especialistas
terça-feira, 6 de setembro de 2011Dar conta da demanda de consultas eletivas (pequena e média complexidade) e garantir a melhor utilização dos leitos públicos hospitalares são os dois principais desafios da saúde na região guia de Jundiaí atualmente, de acordo com a secretária municipal Tânia Pupo.
No primeiro caso, a solução está atrelada à inauguração do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), que vai ofertar 19 mil consultas por mês com os mais diversos especialistas da área. A expectativa é de que o local esteja funcionando ainda em 2011, segundo a secretária. Ela reforça as informações transmitidas pelo governador Geraldo Alckmin em visita à cidade no dia 24 de agosto.
“O Estado deve publicar a licitação para a contratação da OS [Organização Social que vai fazer o gerenciamento do local, cuja reforma custou cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos e está parado desde maio]. Temos uma parceria que nos dá a responsabilidade de cuidar da parte da vigilância do espaço e ao governo estadual compete administrar e investir na infraestrutura interna. Está para começar a montagem dos equipamentos no local”, diz.
Já quando se trata da ocupação dos leitos hospitalares – em Jundiaí é de mais de 100% e, na região, de 43,34% – um conjunto de ações faz parte do planejamento público para reverter o cenário. Além da expectativa quanto ao funcionamento do Hospital Regional [prometido desde 2008] , onde antigamente funcionava a Casa de Saúde, há uma parceria entre as secretarias municipais de saúde das nove cidades que compreendem a região de Jundiaí, conforme modelo de abordagem do Estado.
“Não podemos dizer que o problema é de Jundiaí porque o Governo do Estado divide a área por regiões. Jundiaí segue um cronograma de reuniões com as cidades vizinhas e estamos trabalhando para que cada município consiga atender os seus casos de baixa e média complexidade”, afirma Tânia, que acredita que isso reduzirá a demanda no Hospital São Vicente de Paulo. “Hoje, 30% da demanda é regional.”
A inauguração, em breve, do hospital de Campo Limpo Paulista, a construção de uma nova Santa Casa em Louveira e a possibilidade de Várzea Paulista passar a contar com uma maternidade são itens favoráveis pontuados pela secretária.
Metodologia de trabalho pontuada por planejamento estratégico tem surtido resultado positivo na área da saúde, segundo Tânia. Nesse contexto, há três pontos a serem detalhados: qualificação da atenção básica para que haja padrão de atendimento nas UBSs e outras unidades de atendimento; investimento no quadro de funcionários e implantação do conceito que prega o atendimento humanizado.
“Todos os municípios da região vêm insistindo nisso”, completa Tânia, enfatizando sua atuação nos conselhos de saúde estadual e federal (Cosens e Conasems).
“Em Jundiaí, no ano passado, investimos na reforma de UBSs, definimos um padrão de profissionais e nomeamos um gerente para cada UBS”, explica Tânia. Até então, haviam três únicos gerentes para dar conta da demanda de todas as unidades de saúde. A cidade atualmente conta com uma UBS para cada 10 mil habitantes, sendo que a exigência do Ministério da Saúde é de uma para cada 30 mil pessoas.
“Nossos desafios estão pontuados e há estratégias para a resolução.”
Fonte: Rede Bom Dia
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