‘Pacote’ com nomes de ruas emocionam familiares e amigos de homenageados em Jundiaí
quarta-feira, 25 de maio de 2011As filhas de dona Margarida Soares estavam contentes com a adoção do nome dela para batizar a área de lazer situada no fim da rua Sebastião Lucas da Silva, no Jardim Martins. “Ela arranjava até briga em casa, não importava a hora ou o dia, e corria para ajudar as pessoas”, diz a filha mais velha, Rosely Fátima Fernandes Refudini, sobre a atuação de Margarida na pastoral dos Vicentinos.
Rosely e a irmã Rosângela Maria Gobbo estavam entre as pessoas que lotaram o plenário da Câmara da cidade Jundiaí para a votação dos 16 projetos de denominação reunidos nesta terça-feira (24).
Nas últimas cadeiras, membros da Romaria Diocesana de Jundiaí foram conferir a homenagem ao falecido romeiro Ivan Gropelo (o Chapadão).
“Uma pessoa simples como o Chapadão ser homenageado com nome de praça representa muito para nós”, disse Hermógenes Piccolo, o Nim, que participa da romaria há 50 anos e considera isso uma conquista para todos os romeiros.
Foi a primeira vez em que os projetos de denominação foram colocados juntos num só bloco para uma sessão. A iniciativa é de caráter experimental e propõe esses blocos a cada 6 meses. Nesta terça-feira (24), a ideia funcionou bem. Não apenas lotou o plenário como gerou comoção em muitos.
Até os vereadores Júlio César de Oliveira, o Julião (PSDB) e Marcelo Gastaldo (PDT) entraram no clima. Na Vila Marlene, uma escola municipal recebeu o nome do professor Anézio de Oliveira, pai do tucano.
“Diziam que meu pai era bravo, mas eu digo que ele era justo”, disse ao lembrar quando foi suspenso com outro aluno por se desentenderem na escola. E lembrou que tinha a mania de em todo começo de ano o pai dizia que o Corinthians ia ser campeão…
Outro que ficou com nó na garganta foi Marcelo Gastaldo. O petebista falou do primo, Pedro cujo nome passou a denominar uma rua do loteamento Sítio Pinheirinho. Mas quem se derreteu foi a viúva, dona Amábile.
“É uma emoção tão grande, pelo valor que eles deram a uma pessoa que não sabia ler nem escrever mas trabalhou na ferrovia e era um homem simples e cumpridor dos seus deveres. É uma prova de que o que importa é quem você é”, afirma.
Ao todo, os projetos também incluíram praças, áreas verdes, escolas, áreas de lazer e, claro, ruas e avenidas.
Se não aprovaram projetos importantes para o desenvolvimento local, pelo menos desta vez os vereadores atingiram o público de outra maneira, com a humanização do plenário.
O projeto mais importante do dia, sobre a criação do EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), foi novamente adiado depois de discussões internas com a sessão suspensa. O instrumento deve melhorar a avaliação sobre projetos e atividades em Jundiaí mas enfrenta resistência do setor evangélico e ainda sugestões de entidades.
Audiência discute nesta quarta-feira (25) o “Estatuto do Deficiente”
Um novo evento na Câmara acontece nesta quarta-feira (25), às 19h, com a audiência pública divulgada pelo CMPPD (Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência).
Oficialmente, o tema é um projeto de prioridade em procedimentos administrativos para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou doença grave do vereador Val Freitas (PTB).
“Mas temos uma frente parlamentar muito boa, discutindo como reunir as leis que existem em uma espécie de estatuto. Isso deve interessar aos idosos e a todos, porque envolve acessibilidade”, diz o conselheiro Paulo Moretti.
Fonte: Rede Bom Dia
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