Fila de espera por cirurgia chega a dois anos em Jundiaí
segunda-feira, 5 de agosto de 2013Pacientes de Jundiaí reclamam da demora na marcação de consultas com especialistas. O problema se repete no agendamento de cirurgias, já que a fila de espera por um procedimento pode durar quase dois anos.
O pensionista Edmilson César Pelais Cano foi atropelado por um carro em frente a casa dele. Na época, o filho dele de nove meses morreu. Por causa do acidente, ele sofre com vários problemas na coluna e há dois anos descobriu que precisa passar por uma cirurgia nos dois joelhos, mas até agora não conseguiu marcar. “Eu sou o 424º na fila de espera. Isso para um joelho. O outro deve demorar ainda dois anos”, comenta Edmilson.
Para aliviar as dores, Edmilson precisa tomar morfina, medicamento que retira em São Paulo, já que em Jundiaí a entrega chega a demorar até 40 dias. A cada três meses ele deveria passar por um neurocirurgião. Apesar disso, a última vez que conseguiu agendar uma consulta foi em julho de 2012. “Minha perícia vence em agosto, então corro o risco de perder o benefício do INSS”, lamenta.
Outro exemplo do descaso da saúde em Jundiaí é o gerente de supermercado Dagoberto da Silva. Desde fevereiro, ele espera por uma consulta com um cirurgião. Ele tem hérnia, passou pelo clínico geral na Unidade Básica de Saúde, já fez todos os exames, precisa agendar a operação para a retirada, mas até agora não conseguiu.
Já a dona de casa Sônia Malavazi Ferreira não pode ficar sem um aparelho que ajuda a mandar oxigênio para o cérebro. Como o equipamento custa entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, a família pediu ajuda na Secretaria de Saúde, foi na Assistência Social, preencheu um formulário e não obteve resposta. “Ninguém nem ligou para dar satisfação. A gente se sente humilhado”, reclama Aparecido Donizete Ferreira, marido de Sônia.
O TEM Notícias procurou o secretário da Saúde da cidade, Cláudio Miranda, para saber o posicionamento da prefeitura a respeito dos problemas. Ele reconhece as falhas e diz que medidas estão sendo providenciadas para tentar melhorar a situação. “Os médicos que passaram nos concursos não querem trabalhar por causa do baixo valor do salário. Em até 60 dias a situação deve melhorar”, declara.
Sobre o problema de Dagoberto, Cláudio Miranda afirma que está sendo feito um mutirão de cirurgias de hérnia e que a fila de espera, que era de 1,5 mil pessoas, vem diminuindo.
Já em relação a Sônia, o secretário de Saúde explica que ela deve procurar a Justiça.
Por questões burocráticas, alguns equipamentos não podem ser comprados pela prefeitura e que a melhor forma de conseguir um deles é mesmo entrando na Justiça.
Fonte: G1
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