Sem proposta, carteiros de Jundiaí continuam em greve
quinta-feira, 22 de setembro de 2011Sem uma posição dos Correios, os carteiros continuam em greve por tempo indeterminado. Durante manifesto na manhã desta quarta-feira, na praça da Matriz, que contou com panfletagem e caminhão de som, eles orientaram a população sobre as atuais condições de trabalho da categoria e suas principais reivindicações, entre elas o aumento de salário e principalmente o de efetivo, que está defasado em 30%.
“Estamos há três anos sem contratação, trabalhando cerca de 10 horas por dia, inclusive aos finais de semanas e feriados”, disse o diretor do sindicato da categoria na cidade Jundiaí, Marcel Luiz de Oliveira.
Segundo ele, a empresa não apresentou nenhuma proposta. Enquanto isso, 70% dos funcionários continuam apoiando o movimento.
De acordo com Marcel, cerca de 600 mil cartas já deixaram de ser entregues nesses oito dias de greve, ou seja, estão acumuladas. “A empresa só está fazendo a entrega de Sedex”.
Nesta quinta, às 15h, os carteiros devem participar de um manifesto unificado, juntamente com outras categorias, como metalúrgicos e bancários, na avenida Francisco Glicério, em Campinas. Para Marcel, o fim da greve depende apenas de uma proposta do governo, que atenda as necessidades da categoria.
Correios
Em nota, a empresa informou que os empregados começaram a voltar ao trabalho e que a adesão à greve caiu 10% desde de o último dia 14, quando foi iniciada, e está atualmente em 21,5%. Diferente do sindicato, a empresa informou que não há carga parada ou retida e sim carga que segue com atraso.
Com a queda na adesão e o mutirão realizado no último final de semana para entrega de objetos postais, os Correios conseguiram aumentar a porcentagem de carga em dia — passou de 60% para 65%.
No interior do Estado de São Paulo, a média de paralisação é inferior à nacional e que cerca de 70% dos empregados estão trabalhando normalmente.
Os Correios estão colocando em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, para minimizar os prejuízos à sociedade.
A empresa salientou ainda que está aberta ao diálogo com os trabalhadores desde que a paralisação seja encerrada, tendo em vista que apresentou duas propostas (sendo que a última representava um reajuste de 13% para 60% dos trabalhadores) e não houve contraproposta da representação sindical.
Alternativa
De acordo com o coordenador do Procon de Jundiaí, Antonio Augusto Giaretta, para garantir o pagamento das contas sem atraso, a dica é se antecipar e pedir a segunda via para o fornecedor, através do 0800.
“As faturas que são habituais, como contas de água, luz, telefone, cartão de crédito, entre outras, devem ser pagas na data e são passíveis de multas e juros, independente da greve, pois a pessoa já sabe quando vai vencer”, explica Giaretta.
A única exceção é para as compras feitas recentemente, quando a pessoa ainda não sabe a data de vencimento. “Neste caso, se a fatura chegar com atraso, a culpa não é do consumidor e ele pode pedir ao fornecedor a isenção de qualquer encargo a mais”.
Outra dica do Procon é para as contas em débito automático. Os clientes costumam receber a conta para simples conferência, que geralmente chega alguns dias antes do débito em conta. “Sendo assim, se o cliente não concordar com algum valor que foi debitado, já que a conta chegou com atraso e ele não teve tempo de conferir, ele pode pedir o estorno do valor ou procurar o Procon”.
Fonte: Rede Bom Dia
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