Jundiaí: Usuários reclamam da falta de táxis e defasagem chega a 13%
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011A Cidade Jundiaí conta atualmente 217 concessões de táxi, mas com 370 mil habitantes (segundo o censo divulgado no fim do ano pelo IBGE), deveria ter pelo menos 246, de acordo com a média nacional que exige ao menos um permissionário para cada 1,5 mil habitantes.
Conforme dados do Sinditaxi (Sindicato dos Taxistas Autônomos de Jundiaí), a defasagem é de 13%.
Há pelo menos dez anos (quando a cidade tinha cerca de 340 mil habitantes) a prefeitura não abre novas concessões.
Segundo taxistas de Jundiaí, atualmente não há pontos em locais de grande movimentação, como porta de novos hotéis, bairros distantes, como Eloy Chavez e Jardim Novo Horizonte, e regiões em crescimento acelerado. E isso tem atraído táxis clandestinos.
A defasagem tem causado revolta em usuários. O gerente de vendas Fábio Henrique de Souza diz que recorrer a um táxi em Jundiaí tem se tornado um pesadelo. “Já cheguei a esperar uma hora e meia”, disse.
Denúncias
Alguns taxistas também reclamam do loteamento irregular de pontos de táxis, quando uma pessoa repassa o carro para terceiros, mas se mantém no comando do negócio (em nome de outra pessoa) e faz a contratação de motoristas, o que é irregular.
“Existe um permissionário que tem 33 pontos em Jundiaí”, disseram taxistas do Centro, que pediram anonimato.
De acordo com o grupo, é oferecido 10% a mais de comissão para o auxiliar que emprestou o nome para ser o dono “fictício do ponto”, “mas o carro e a arrecadação é dele”.
Os taxistas explicam que, em quase 80% dos casos, o permissionário, ao invés de trabalhar no ponto, como exige a lei, contrata dois auxiliares, um para o turno diurno e outro noturno, entrando com o veículo e suas despesas, e pagando 30% a cada um do que é arrecadado.
“Com a falta de abertura de novas vagas temos que nos sujeitar a aceitar esse esquema, que proporciona cerca de R$ 1,2 mil mensais em um ponto no Centro”, disse um dos taxistas.
Segundo eles, existem permissionários que não fazem a transferência do ponto, que é permitida por lei, mas a vendem por até R$ 200 mil.
Prefeitura prevê o aumento no número de novos pontos
O diretor de Transportes da prefeitura, Leslie Litano Tealdi, admitiu que a cidade está em defasagem no número de pontos de táxi e disse que há um plano para cobrir a média de um ponto para cada 1,5 mil habitantes e que gostaria de atingir um número que ele consideraria ideal, de um para cada 800 jundiaienses.
“Com os dados no novo censo do IBGE [apurados no ano passado], estamos trabalhando no desenvolvimento de novas legislações e ações que possam atender a demanda”, afirmou.
Segundo os taxistas, Leslie também anunciou que desde o dia 1º há um maior rigor na lei da de autoria da ex-vereadora Neizy Cardoso, que exige que todo aquele que recebeu a concessão de um ponto, trabalhe nele, no mínimo oito horas diárias.
Em caso de, por problemas de saúde, ele esteja impossibilitado de dirigir, deverá, obrigatoriamente, apresentar um laudo emitido por um médico do INSS, que confirme o problema.
Porém, segundo taxistas a situação continua a mesma e não existe fiscalização sobre o fato.
Se por um lado a categoria acredita que a lei vai ser boa, por acabar com “exploração” de auxiliares, por outro, pode fazer com que muitos percam o emprego. “Aí sim, vamos precisar mais que nunca que se abram novas concessões”, disse um taxista do Centro.
Um exemplo
A Prefeitura de Campinas vai abrir novas concessões que vão aumentar a frota de táxi na cidade. Por lá, as inscrições para os pontos serão restritas aos auxiliares. Os profissionais de Jundiaí desejam que seja feito o mesmo.
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Sou taxista em jundiai,pois a situação aqui para com o taxista é precaria aguardo melhorias de nossa prefeitura que nunca abandonou e creio que não abandonara a nòs.